domingo, 25 de outubro de 2009

Portagens nas SCUTs do Grande Porto:




O aventador JM escreveu ESTA posta sobre as portagens nas SCUTs do Grande Porto.

Tendo razão em muito do que escreveu, não posso deixar de o contrariar num ponto: a Maia.

A Câmara Municipal da Maia foi a única autarquia da região que deu o corpo ao manifesto na luta desencadeada por muitos em 2008. Foi a Câmara Municipal da Maia que alertou a comunicação social, em Março de 2008, para o que o ministro Mário Lino se preparava para fazer. Além da conferência de imprensa e de ter colocado a matéria na agenda mediática, avançou na colocação de cartazes contra as portagens em locais estratégicos do concelho. Entre cartas ao ministro, pedidos de audiência, agendamento da matéria em sede de Junta Metropolitana e em reunião da Assembleia Metropolitana, tudo fez. Na verdade, numa primeira fase, o Governo recuou. A colocação de portagens foi sucessivamente adiada.

Numa altura em que o país andava entretido em campanhas eleitorais (europeias, legislativas e autárquicas), o governo, pé ante pé, foi colocando as estruturas para portagens virtuais nas SCUTs do Grande Porto. Ao mesmo tempo, a Secretária de Estado dos Transportes, candidata a deputada pelo Porto nas listas do PS, enquanto fazia campanha de apoio a Guilherme Pinto em Matosinhos, jurava ser contra as famigeradas portagens.

A campanha da Câmara da Maia contra as portagens parou a meio de 2009, ou seja, quando começaram as diferentes campanhas eleitorais. Não valia a pena estar a gastar dinheiro numa altura em que o ruído comunicacional era tanto e, por arrasto, ainda podia ser considerado oportunismo eleitoral da nossa parte. Ao contrário do que afirma JM, a CMM não está parada nem distraída nesta matéria. Nas últimas duas semanas o Presidente da Câmara da Maia, desdobrou-se em entrevistas sobre a matéria e voltou, sozinho, a criticar esta eventual decisão do governo. Repito, sozinho. Em termos políticos, Bragança Fernandes, continua sozinho nesta batalha que é do interesse de todos os autarcas da região. Daí a injustiça das palavras de JM!

A C.M.Maia está atenta mas, não vai tomar decisões antes de tomar posse, antes de estar legitimado pela Lei. Por isso, caro JM, calma. A população terá de fazer o que lhe compete. A Câmara da Maia fará, quando assim a Lei o permitir, a defesa dos interesses da população da Maia e, por acréscimo, da população da região. Ou não tivesse o passado provado isso mesmo. Fica o desafio: ora dê lá outro exemplo de autarquia que tenha feito o que a Maia fez nesta matéria?

As portagens nas SCUTs do Grande Porto não são apenas injustas, são mais do que isso, são criminosas. São criminosas por obrigar os condutores a fugir para estradas secundárias que não são alternativa e, dessa forma, colocar em perigo a segurança rodoviária e a segurança das populações. Só quem não conhece as actuais N13 e N14 pode considerar colocar portagens na A41, A28 e A4 entre Ermesinde e Matosinhos.

O que se preparam para tentar fazer é um crime. Sendo um crime, é obra de criminosos. Sendo criminosos, o seu lugar não é no governo da Nação, é na cadeia!

2 comentários:

Carlos_W disse...

Força camarada! A luta continuará inevitavelmente... Não pagamos! Não pagamos, não pagamos!!!!

Vitor Silva disse...

não fazia mais sentido exigir investimentos na n13 e n14, eventualmente até com o dinheiro das portagens?