Por acaso, meu caro Zé, o Mário Crespo foi funcionário público, como milhares de outros sem que tal signifique ter feito carreira à custa dos nossos impostos, como sei que concordas.
Vá lá, façamos de conta que não sabemos que o Mário Crespo foi, primeiro, mandado para os EUA como castigo pela entrevista feita a Mário Soares e que, segundo, não satisfeitos, o colocaram numa prateleira por não alinhar no soarismo vigente à data.
Façamos de conta, caro Zé e BRMF, que não estamos perante um artigo de opinião, com tudo o que tal representa. Façamos de conta que Silva Pereira não o tratou como se Mário Crespo não fosse mais do que a sua sopeira de serviço. Façamos de conta que o problema não é a licenciatura faz de conta, a universidade faz de conta, o inglês faz de conta, os projectos faz de conta e tudo o resto.
Mesmo que eu acredite na inocência de Sócrates quanto ao Freeport e nisso não estou a fazer de conta, não posso deixar de afirmar que o artigo de Mário Crespo é, independentemente do resto, de uma liberdade de opinião nada habitual. Rara em Portugal. Mais rara ainda no jornalismo nacional.
Mesmo considerando que a tirada "o tio é mesmo tio" tenha sido absolutamente confrangedora, não é uma andorinha que faz a primavera. Sobretudo de uma carreira feita a pulso e depois de o ter visto levantar do chão.
Mesmo que eu acredite na inocência de Sócrates quanto ao Freeport e nisso não estou a fazer de conta, não posso deixar de afirmar que o artigo de Mário Crespo é, independentemente do resto, de uma liberdade de opinião nada habitual. Rara em Portugal. Mais rara ainda no jornalismo nacional.
Mesmo considerando que a tirada "o tio é mesmo tio" tenha sido absolutamente confrangedora, não é uma andorinha que faz a primavera. Sobretudo de uma carreira feita a pulso e depois de o ter visto levantar do chão.
Por isso admiro Mário Crespo e por isso não faço de conta que não gostei.