Passavam cinco minutos da meia-noite e na minha caixa de e-mail recebia uma mensagem do iTunes: “Já pode fazer o download da sua encomenda número tal”.
Confesso, andava ansioso por receber esta encomenda. Até já tinha os bilhetes para o concerto deles no OptimusAlive 09. Há uns anitos atrás, ainda não havia Mafalda, assisti a um dos mais memoráveis concertos que o Coliseu do Porto recebeu. Sala completamente cheia. Na rua chovia a cântaros e lá dentro reinava um calor vulcânico. Um intenso cheiro a tabaco misturado com erva invadia a galeria, a tribuna e o galinheiro, o único lugar para onde tinha conseguido uns míseros dois bilhetes. O Brian Molko estava possuído ou pelo Demónio ou por Zeus, nunca cheguei a uma conclusão óbvia. O povo estava em delírio. Eu estava extasiado de todo, não sei se pela excelência do concerto se pelo intenso odor a erva que invadia as minhas narinas e me subia direitinho ao cérebro. Nessa altura, o Coliseu era uma casa de Liberdade sem igreja universal e sem proibição de fumar. A primeira nunca o conseguiu adquirir, a segunda tomou-o de assalto e os concertos, com excepção do último dos Portishead (onde, confesso, violei reiteradamente a lei, cigarro atrás de cigarro), nunca mais tiveram o mesmo sabor.
Neste dia que inicio férias, numa autêntica batalha pelo sol, escrevo estas linhas ao som do novo trabalho dos Placebo, “Battle For The Sun”. Absoluto. Puro. Rock.
Confesso, andava ansioso por receber esta encomenda. Até já tinha os bilhetes para o concerto deles no OptimusAlive 09. Há uns anitos atrás, ainda não havia Mafalda, assisti a um dos mais memoráveis concertos que o Coliseu do Porto recebeu. Sala completamente cheia. Na rua chovia a cântaros e lá dentro reinava um calor vulcânico. Um intenso cheiro a tabaco misturado com erva invadia a galeria, a tribuna e o galinheiro, o único lugar para onde tinha conseguido uns míseros dois bilhetes. O Brian Molko estava possuído ou pelo Demónio ou por Zeus, nunca cheguei a uma conclusão óbvia. O povo estava em delírio. Eu estava extasiado de todo, não sei se pela excelência do concerto se pelo intenso odor a erva que invadia as minhas narinas e me subia direitinho ao cérebro. Nessa altura, o Coliseu era uma casa de Liberdade sem igreja universal e sem proibição de fumar. A primeira nunca o conseguiu adquirir, a segunda tomou-o de assalto e os concertos, com excepção do último dos Portishead (onde, confesso, violei reiteradamente a lei, cigarro atrás de cigarro), nunca mais tiveram o mesmo sabor.
Neste dia que inicio férias, numa autêntica batalha pelo sol, escrevo estas linhas ao som do novo trabalho dos Placebo, “Battle For The Sun”. Absoluto. Puro. Rock.
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