terça-feira, 31 de março de 2009

Os Alicerces do Regime:

Perante a avalanche de informações, contra-informações, notícias e reportagens envolvendo o Primeiro-ministro no caso Freeport sempre alinhei com os cépticos.
Para mim, alguém que aceita subornos, e logo desta grandeza, certamente não arriscaria ser PM. Nem mero vereador de câmara de província, quanto mais. Seria o mínimo.

Porém, não nego, nos últimos tempos começo a ficar preocupado. Sócrates está a ser acusado de corrupção. Se o fez, já está a começar a pagar. Se não o fez, está a ser alvo de uma tremenda e irreparável injustiça. CAA no Blasfémias escreveu hoje: “Mas quer o PGR queira quer não, toda esta turbulência já abala os alicerces do regime, quer no plano político quer no que toca ao sistema de Justiça”. Estou totalmente de acordo.

O processo Freeport está a abalar os alicerces do regime. Profundamente. Só espero que não seja de forma irremediável. Que rapidamente se esclareça tudo. Que não fique pedra sobre pedra. Como diria o outro, "A Bem da Nação", salvo seja...

2 comentários:

brmf disse...

"Para mim, alguém que aceita subornos, e logo desta grandeza, certamente não arriscaria ser PM. Nem mero vereador de câmara de província, quanto mais."

Desculpa mas deves estar a brincar, meu caro FMS. A menos que por subornos só entendas um chequezito por debaixo da mesa. Há tantas formas de suborno... Há tanta obra encomendada... Há tanto "amigo" de presidente de câmara ou vereador...Ui, ui, vê lá tu que ainda há dias um condenado por acto de corrupção (Provado!) se tornou presidente de uma empresa intermunicipal. E outros começaram a acreditar na justiça dos tribunais (clap, clap, clap) por estes dias, até há pouco só acreditava na justiça de fafe e na justiça de Deus. hehehehe

Mário Nuno Neves disse...

Eu não acredito na "culpa" de Sócrates. No entanto, quase que aposto há corrupção no caso "Freeport", e nesse caso não será um caso de "presidente de câmara ou vereador" mas sim de polícia e de magistraturas. Corrupção que permitiu que o dito processo mexesse, parasse e mexesse novamente ao sabor das circunstâncias políticas. Uma corrupção, que a existir, mais uma vez transformou a "justiça" em arma política.