Nestes primeiros dias do “i” (que raio de nome) já se pode fazer um primeiro balanço.
Estamos perante um jornal diário com filosofia de semanário. Falo por mim, apenas o consigo ler em condições à noite. É mesmo muito bonito e a revista de fim-de-semana é um primor, a exemplo dos projectos do género com dedo do Pedro Rolo Duarte.
Porém, pelo que já vi, tenho sérias dúvidas neste projecto. Desde logo, peca por ser mais um jornal de Lisboa considerando o resto do país como mera paisagem. Ou seja, define como mercado privilegiado e quase único, a classe média-alta e alta de Lisboa. Vindo de um grupo económico de Leiria pode até espantar os mais distraídos mas não, é típico dos grupos económicos nascidos fora do circuito da capital (veja-se como exemplo o Visabeira). O sonho é agradar às elites de Lisboa e esperar que, com tempo, elas se esqueçam da origem provinciana destes e os insiram no seu seio, nas suas tertúlias do croquete. Enfim, mais do mesmo. É pena.
Por último, uma nota assustadora: para quem investiu 2 milhões de contos nesta empreitada ter apenas 5 páginas de publicidade paga (duas delas da Câmara de Gaia) na edição de sábado (excluindo a revista) é manifestamente curto.
Estamos perante um jornal diário com filosofia de semanário. Falo por mim, apenas o consigo ler em condições à noite. É mesmo muito bonito e a revista de fim-de-semana é um primor, a exemplo dos projectos do género com dedo do Pedro Rolo Duarte.
Porém, pelo que já vi, tenho sérias dúvidas neste projecto. Desde logo, peca por ser mais um jornal de Lisboa considerando o resto do país como mera paisagem. Ou seja, define como mercado privilegiado e quase único, a classe média-alta e alta de Lisboa. Vindo de um grupo económico de Leiria pode até espantar os mais distraídos mas não, é típico dos grupos económicos nascidos fora do circuito da capital (veja-se como exemplo o Visabeira). O sonho é agradar às elites de Lisboa e esperar que, com tempo, elas se esqueçam da origem provinciana destes e os insiram no seu seio, nas suas tertúlias do croquete. Enfim, mais do mesmo. É pena.
Por último, uma nota assustadora: para quem investiu 2 milhões de contos nesta empreitada ter apenas 5 páginas de publicidade paga (duas delas da Câmara de Gaia) na edição de sábado (excluindo a revista) é manifestamente curto.
Sem comentários:
Enviar um comentário