Quando Portugal assiste, impávido e sereno, a todo este despautério praticado por aqueles que nos governam, tão preocupados que estão em salvar esta anedótica banca nacional, só nos resta esperar pelo letreiro nas nossas fronteiras: “Vende-se por atacado”.
O que mais confrange qualquer alma é constatar que se outro fosse o partido no poder, idêntico seria o caminho. Somos um país pequenino, onde todos se conhecem e a todos interessa este estado do sítio. Quantas vozes pela calada dos balcões, no burburinho dos cafés, na excentricidade dos fóruns radiofónicos não comentaram ou vociferaram sobre o banco A e o banco B sem esquecer aquele banco C, onde o primo guardava as poupanças? Tirando, pelos vistos, o inenarrável Constâncio, todos sabiam. Era uma questão de tempo, de dar tempo ao tempo. Confusões no BCP onde se zangaram as comadres. Notícias do Expresso (pré-censura) sobre o BES, pela mão do jornalista Jorge Fiel (lembram-se?), já para não falar no BPN ou no BPP. Quanto à Caixa, nem vale a pena recordar as diferentes e exóticas nomeações só na última década.
Por aqui reina a mediocridade. Os silêncios cúmplices. Em todos os sistemas existentes: financeiros, empresariais, desportivos, culturais, políticos, etc. Em todas estas histórias poucos são os inocentes. Seja na Banca ou na construção civil, passando pelas Independentes ou Modernas, nos apitos dourados e encarnados, na saúde ou na justiça, seja nos sobreiros ou nos submarinos. É Portugal no seu melhor.
Hoje é o Freeport e a Banca, como ontem foram as universidades e o futebol e antes destes as concessões nas Auto-estradas e ainda depois o aparelho do estado. Sempre com um denominador comum: o bloco central e seus apêndices: estejam eles na esquerda caviar ou na direita das hóstias.
É fartar vilanagem.
Cartoon "palmado" AQUI
Sem comentários:
Enviar um comentário