Por Cá também não!
Durante os anos que fui estudante de jornalismo assisti a essa mesma “dor de alma”.
Na minha turma eu era a ave rara que comprava jornais e revistas. Ainda me lembro de um colega a perguntar-me se a Visão era um diário e a que dia era publicado o Expresso. No início fiquei aterrado. Depois fui-me habituando.
Talvez por isso, acostumei a minha filha de apenas 5 anos ao ritual de sábado: ir comigo ao quiosque comprar os jornais e com isso, de vez em quando, ganhar uma revista (das winks ou lá o que isso é ou como se escreve).
Em contrapartida eram profundos conhecedores do Hi5 e escreviam sms à velocidade da luz. Conseguiam, até, introduzir toda a matéria de um exame no telemóvel. Já eu sabe Deus para enfiar mais um contacto no animal, quanto mais. Pelo menos, com eles, ganhei algumas habilidades nestas coisas e espero que tenha cativado um ou outro para o mundo da leitura de jornais. E era uma turma fantástica. Eles bem mais novos que eu mas todos perfeitamente integrados e com boas notas. Um grupo espectacular do qual guardo recordações para toda a vida.
Agora lerem jornais é que não. Boa parte deles, sobretudo elas, sabiam tudo sobre os “morangos com açúcar” e não perdiam um “casting”. A televisão era o sonho, não o jornalismo. É aqui que reside o problema. Confundirem variedades com jornalismo. Julgarem que a Merche ou a Marta L. Castro são jornalistas. Não, não são. O que fazem é outra coisa, tão digna como qualquer outra. Mas não é jornalismo.
É nessa confusão de conceitos que reside o problema.
Na minha turma eu era a ave rara que comprava jornais e revistas. Ainda me lembro de um colega a perguntar-me se a Visão era um diário e a que dia era publicado o Expresso. No início fiquei aterrado. Depois fui-me habituando.
Talvez por isso, acostumei a minha filha de apenas 5 anos ao ritual de sábado: ir comigo ao quiosque comprar os jornais e com isso, de vez em quando, ganhar uma revista (das winks ou lá o que isso é ou como se escreve).
Em contrapartida eram profundos conhecedores do Hi5 e escreviam sms à velocidade da luz. Conseguiam, até, introduzir toda a matéria de um exame no telemóvel. Já eu sabe Deus para enfiar mais um contacto no animal, quanto mais. Pelo menos, com eles, ganhei algumas habilidades nestas coisas e espero que tenha cativado um ou outro para o mundo da leitura de jornais. E era uma turma fantástica. Eles bem mais novos que eu mas todos perfeitamente integrados e com boas notas. Um grupo espectacular do qual guardo recordações para toda a vida.
Agora lerem jornais é que não. Boa parte deles, sobretudo elas, sabiam tudo sobre os “morangos com açúcar” e não perdiam um “casting”. A televisão era o sonho, não o jornalismo. É aqui que reside o problema. Confundirem variedades com jornalismo. Julgarem que a Merche ou a Marta L. Castro são jornalistas. Não, não são. O que fazem é outra coisa, tão digna como qualquer outra. Mas não é jornalismo.
É nessa confusão de conceitos que reside o problema.
1 comentário:
Infelizmente é uma triste realidade. A maior parte - não todos - daqueles que hoje em dia vão estudar JORNALISMO vão porque querem - sonham - ser vedetas da televisão. Os jornais surgem-lhes como algo muito antigo, como aquele bibelot feio e sujo que encontramos em casa de uma tia que já não víamos há muito. É triste mas é o que temos. Em Portugal e não só.
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