sábado, 7 de março de 2009

U2


Após uma semana de audição do novo trabalho dos U2, chegou a hora de escrever sobre o novo “No Line in the Horizon”.

Desde os anos 80 que sou um consumidor compulsivo de tudo o que estes irlandeses publicam. Até tenho uma colecção interessante: os discos (todos, seja em vinil ou cd e ainda devem andar por aqui espalhadas umas velhinhas k7), os filmes, os livros, e tudo o mais. Já para não falar numas preciosidades piratas adquiridas em Itália e na velhinha Tubitek (infelizmente já desaparecida). Um dos melhores concertos a que assisti na minha vida foi deles, o último em Portugal. Em suma, mesmo sendo um tipo exigente e esquisito em termos de gosto musical, no caso dos U2 até podiam lançar um disco de fadunchos que eu compraria imediatamente.

Tal não significa que goste de tudo. Quer dizer, claro que gosto de tudo mas na “hierarquia U2” tenho o que gosto e o que adoro. Nesta última sublinho todos os discos anteriores à obra-prima “The Joshua Tree”. Na primeira, tudo o que veio a seguir à Árvore de Josué (título do vinil publicado em Portugal). Os dois últimos trabalhos dos U2 foram, até, sofríveis. É aqui que entra o “No Line in the Horizon”.

Este novo álbum é superior aos dois anteriores. Dirão vocês, “não era difícil”. Realmente, não era. Mas importa referir que o conseguiu ser. Mesmo não entrando directamente para a lista “adoro”, está em primeiro lugar na “gosto”. Pela primeira vez, sinta numa obra dos U2 influências terceiras perfeitamente audíveis: Arcade Fire logo à cabeça na faixa que dá nome ao disco ou Lou Reed na “Cedars of Lebanon, só para referir dois exemplos. No resto soa a U2 por todos os poros. O que é bom para aqueles que, como eu, gostam da música dos irlandeses universais.

Já não me lembro quem foi que escreveu que “No Line in the Horizon” é um regresso a Joshua Tree, penso que foi João Gobern (agora deu-lhe para comentador de futebol quando percebe é de música, pois de futebol é um nabo) mas não tenho a certeza. Que exagero. The Joshua Tree é a obra-prima dos anos 80, é a obra maior dos U2 e incomparável com qualquer outro álbum deles, sobretudo posterior.

Por último, aqui ficam as minhas faixas preferidas, aleatoriamente: Magnificent, No Line in the Horizon, Cedars of Lebanon, Moment of Surrender, Fez e Breathe. E uma que não suporto e que me fez temer o pior durante semanas: Get on your Boots.


1 comentário:

Anónimo disse...

O novo é fraco.